A Revolução Industrial e Portugal
A invenção da máquina a vapor por James Watt constituiu o primeiro motor artificial da História. Com ela, foi possível mover teares, martelos, locomotivas e todo tipo de maquinismo que antes dependiam do trabalho humano ou das forças da natureza. A manufatura cedeu lugar à maquinofactura, marcando o início da Revolução Industrial.
A Revolução Industrial consistiu num conjunto de transformações técnicas e económicas iniciadas na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, alargando-se posteriormente à Europa e América do Norte. A Grã-Bretanha liderou o mundo em direção a uma nova época: a do capitalismo industrial.
Enquanto isso, Portugal enfrentava dificuldades económicas. No final do século XVII, o país atravessou uma grave crise comercial devido a:
- Política económica de Colbert (aumento das importações de manufaturas francesas)
- Concorrência de holandeses, franceses e ingleses na produção colonial
- Queda nos preços dos produtos coloniais portugueses
- Diminuição das vendas de sal aos holandeses
Para enfrentar esta crise, D. Luís de Meneses, a partir de 1675, procurou equilibrar a balança comercial portuguesa através de medidas como:
- Contratação de artífices estrangeiros
- Concessão de subsídios e privilégios às manufaturas nacionais
- Criação de leis pragmáticas para controlar o luxo
- Desvalorização da moeda
⚠️ Ponto crucial: Enquanto a Inglaterra avançava para a Revolução Industrial, Portugal lutava para manter a sua balança comercial. Esta diferença de trajetórias económicas explica em grande parte a subsequente dependência portuguesa face à economia britânica!