A Evolução do Expressionismo
O grupo Die Brücke (A Ponte) revolucionou a arte alemã com sua abordagem emocional intensa. Utilizavam grandes manchas de cor vibrantes e contrastantes, aplicadas livremente, mas com uma temática mais sombria que os fauvistas. Focavam na angústia, desespero, morte, sexualidade e miséria social.
Para alcançar maior expressividade, os pintores expressionistas distorciam deliberadamente as formas, criando imagens quase caricaturais. As obras transmitiam uma forte tensão emocional através dessas formas distorcidas e cores intensas, provocando no espectador sensações de desconforto, repulsa e mesmo angústia.
O grupo Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), formado em Munique em 1911 por Kandinsky e Franz Marc, apresentava uma expressividade diferente. Seu trabalho baseava-se num desenho menos pesado e demonstrava maior intelectualização. Esta variante expressionista, considerada a mais lírica do movimento, teve curta duração (1911-1913).
Após a Primeira Guerra Mundial e a traumática derrota alemã, o expressionismo adquiriu uma nova feição, mais dura e provocadora. Artistas como Otto Dix, George Grosz e Max Beckmann deixaram um retrato amargo da sociedade do pós-guerra, marcado pelos contrastes sociais e pela agitação política. Este movimento artístico dos anos 1920 recebeu o nome de Nova Objetividade.
🎨 Para aprofundar: Compare uma obra de Die Brücke com uma de Der Blaue Reiter e observe como, apesar de pertencerem ao mesmo movimento, diferem profundamente em intensidade emocional e abordagem formal. Esta diversidade é característica da riqueza das vanguardas artísticas do início do século XX.