Roma, cidade ordenadora de um império urbano
O Império Romano, no seu apogeu, estendia-se da Península Ibérica à Mesopotâmia e das ilhas britânicas ao Egito, unificando um espaço vastíssimo ao redor do Mediterrâneo. Neste mar erguiam-se os principais centros urbanos do império: Roma, Cartago, Atenas, Antioquia e Alexandria.
As províncias imperiais estavam conectadas por uma rede viária complexa e inovadora, projetada para atender necessidades militares e civis. Estas estradas romanas não se desviavam dos acidentes geográficos, ligando todo o território entre si e cada região a Roma, que se mantinha como centro do império.
Esta engenhosa rede viária articulava os principais portos e cidades, contribuindo para a exploração económica das regiões dominadas e para a afirmação do domínio imperial romano.
A unidade do mundo imperial: o culto a Roma e ao imperador
O domínio do Mediterrâneo e a construção do império trouxeram importantes transformações políticas a Roma. A constituição republicana, baseada no modelo da pólis grega, tornou-se insuficiente para governar um império tão vasto, que necessitava do exército e seus generais.
Júlio César governou sozinho por alguns meses em 45-44 a.C., com amplos poderes ditatoriais, até ser assassinado por adversários republicanos. A transição para o regime imperial foi completada por Augusto, seu sobrinho-neto e herdeiro, que estabeleceu o principado - um regime de compromisso entre a república e a monarquia, onde o príncipe recebia o poder do povo e do senado.
As autoridades romanas promoveram a coesão do império através da difusão dos valores romanos. O culto ao imperador e o modo de vida romano espalharam-se por todo o território, com cidades fundadas à imagem de Roma, com fórum, templos e banhos públicos.