A Romanização da Península Ibérica
A presença romana na Península Ibérica começou em 218 a.C., após derrotarem os cartagineses. No sudeste, a conquista foi relativamente fácil, mas nas regiões norte e ocidente encontraram forte resistência dos povos indígenas - Lusitanos, Cántabros, Astures e Galaicos. Apenas em 26 a.C., com a intervenção direta de Augusto, a pacificação foi concluída.
A romanização — processo de aculturação pelo qual os povos conquistados adotavam o modo de vida romano — foi facilitada pela presença de imigrantes e militares que se fixavam nas regiões conquistadas. O desenvolvimento de estradas e a integração económica foram instrumentos essenciais para essa aculturação. Administrativamente, Augusto dividiu a Península Ibérica em três províncias.
O desenvolvimento económico foi uma consequência importante da integração ibérica no império. Os romanos intensificaram a exploração mineira (cobre, ouro, ferro, mármore), aperfeiçoaram a agricultura (introduzindo o cultivo de vinho, azeite e melhorando as ferramentas) e desenvolveram a pesca e a salicultura (produção de conservas e molhos de peixe).
Pensa nisto: Ironicamente, os povos ibéricos que mais resistiram à ocupação romana tornaram-se, depois, uma das regiões onde a romanização foi mais profunda. O legado romano permanece vivo em Portugal e Espanha nas línguas, no direito, na arquitetura e em muitos aspectos culturais até hoje!