Portugal: dificuldades e crescimento económico
A economia portuguesa enfrentou sérias dificuldades entre 1670 e 1692, sofrendo com a concorrência estrangeira e a dependência da Inglaterra. Para combater esta situação, Portugal adotou medidas mercantilistas inspiradas no modelo francês, tentando fortalecer sua posição económica.
A descoberta de ouro e diamantes no Brasil, no final do século XVII, trouxe uma riqueza considerável para Portugal. No entanto, esta prosperidade tinha um lado negativo: grande parte do ouro acabava nas mãos dos ingleses, usada para pagar produtos manufaturados que Portugal não produzia, aumentando ainda mais a dependência económica.
As políticas do Marquês de Pombal, ministro de D. José I, representaram uma tentativa ambiciosa de modernizar a economia portuguesa. Pombal reorganizou a produção e o comércio do vinho do Porto através da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, criou diversas manufaturas pombalinas (têxteis, cerâmica, vidro), e fundou a Aula do Comércio em 1759, primeira escola comercial da Europa.
As reformas pombalinas produziram resultados positivos, especialmente no final do século XVIII. Portugal conseguiu uma balança comercial favorável, exportando produtos coloniais como açúcar, algodão e cacau. A relação comercial com o Brasil fortaleceu-se, apesar das perturbações causadas pelas guerras e revoluções que sacudiram a Europa após a queda de Pombal.
Importante! As reformas pombalinas mostram como um país periférico como Portugal tentou adaptar-se ao mercantilismo e modernizar sua economia, mesmo enfrentando a forte concorrência das grandes potências como Inglaterra e França.