O Mercantilismo em França e Inglaterra
Em França, o mercantilismo foi aplicado de forma clara e intencional por Colbert, ministro de Luís XIV. Preocupado com a quantidade de mercadorias holandesas que entravam no reino, ele desenvolveu intensamente o setor manufatureiro.
Colbert introduziu novas indústrias importando técnicas e mão de obra estrangeira (cristais de Murano, tecidos holandeses, bordados de Veneza). Impulsionou a criação de grandes manufaturas reais que podiam aplicar um selo com as armas do rei e dedicavam-se à produção de artigos de luxo para a corte, concedendo-lhes privilégios como monopólios de fabrico, incentivos fiscais e subsídios.
Além disso, investiu no desenvolvimento da frota mercante e da marinha de guerra, criando poderosas companhias monopolistas que agiam em representação do país, administrando territórios coloniais, com direitos exclusivos de comércio e poder militar.
🔍 Observação: As Companhias das Índias Orientais (holandesa, inglesa e francesa) tornaram-se tão poderosas que funcionavam quase como Estados dentro dos Estados, com poderes de conquista, administração e defesa nos territórios orientais.
Na Inglaterra, o mercantilismo foi implementado mais gradualmente por Cromwell, chefe do governo republicano (1649-1658), com foco na valorização da marinha e do setor comercial. Os famosos Atos de Navegação visavam banir os holandeses das áreas de comércio britânico, determinando que todas as mercadorias estrangeiras que entrassem em Inglaterra fossem transportadas em embarcações inglesas ou do país de origem.