Repreensões Gerais e Particulares
Vieira utiliza poderosos recursos estilísticos como metáforas e ironias para fortalecer sua mensagem: "Mas assim, que não me lembrava! Eu prego a vós, prego aos peixes!"
No capítulo IV, apresenta as repreensões gerais aos peixes:
A primeira repreensão condena o fato de que "os peixes comem-se uns aos outros" - uma clara crítica à sociedade humana onde os poderosos (peixes grandes) exploram os mais fracos (peixes pequenos).
A segunda repreensão critica a ignorância dos peixes, comparando-a à cegueira moral humana.
No capítulo V, Vieira dirige repreensões particulares a certos tipos de peixes:
Os Roncadores são criticados pelo seu orgulho e arrogância. Apesar de pequenos, têm muita "língua" e são facilmente pescados - simbolizando pessoas como Caifás, Pilatos e Golias.
Os Pegadores representam o parasitismo social, vivendo na dependência dos maiores e morrendo com eles, tal como o conde de Herodes ou Adão e Eva.
Conexão importante: Estas críticas são direcionadas indiretamente aos colonos portugueses no Brasil que exploravam os indígenas e viviam em pecado, apesar de se considerarem cristãos.