Estrutura e Planos Narrativos de Os Lusíadas
Os Lusíadas eleva os portugueses a heróis ao retratar a epopeia das viagens de Vasco da Gama, destacando a bravura e as conquistas dos navegadores. Camões utiliza recursos expressivos como a adjetivação, anáfora e enumeração para dar vida à narrativa.
A obra segue uma estrutura interna clássica: começa com a proposição (apresentação do tema dos feitos gloriosos), seguida pela invocação (pedido de inspiração às Tágides) e dedicatória (ao Rei D. Sebastião). A narração, parte principal, conta a viagem de Gama intercalada com episódios históricos e mitológicos.
A narrativa desenvolve-se em três planos principais: o Plano da Viagem (trajetória de Vasco da Gama pela costa africana), o Plano da Mitologia (com o concílio dos deuses no Olimpo e intervenções de Baco e Vénus) e o Plano da História de Portugal (que inclui profecias sobre as conquistas portuguesas).
Dica útil: Ao estudar o Canto I, presta atenção ao concílio dos deuses - é um momento-chave onde se decide o destino dos navegadores portugueses e estabelece o conflito entre Vénus (favorável) e Baco (contrário) aos portugueses.