Processos Fonológicos
Os processos fonológicos dividem-se em três categorias principais: inserção (adição de sons), supressão (eliminação de sons) e alteração (modificação de sons). Cada tipo tem variações específicas dependendo da posição onde ocorre na palavra.
Na inserção, temos a prótese (início da palavra, como em "spiritus > espírito"), a epêntese (meio da palavra, como em "humiles > humilde") e a paragoge (final da palavra, como em "ante > antes"). Estas adições de sons geralmente facilitam a pronúncia.
Na supressão, ocorre o inverso: aférese (início, como "acumen > gume"), síncope (meio, como "medius > meio") e apócope (final, como "mare > mar"). A língua portuguesa tem muitos exemplos de palavras que perderam sons ao longo dos séculos.
💡 Um truque para lembrar: as inserções sempre "adicionam" algo (+), enquanto as supressões sempre "removem" algo (-). A posição na palavra determina o nome específico do processo!
Outros processos incluem: metátese (troca de posição, como "sempre < semper"), assimilação (um som influencia outro próximo), dissimilação sonssemelhantestornam−sediferentes, sonorização consoantessurdastornam−sesonoras e vocalização (consoantes transformadas em vogais).
Nos processos de contração, temos a crase fusa~odevogaisiguais,comoem"a+a=aˋ" e a sinérese fusa~odevogaisemhiatoformandoumditongo,comoem"re−u−nir>reu−nir". Já a redução vocálica enfraquece uma vogal em posição átona, como ocorre em "pedra > pedreira".