Processos Fonológicos
Os processos fonológicos dividem-se principalmente em dois grupos: os que adicionam sons e os que suprimem sons. Quando adicionamos sons, podemos ter prótese (no início da palavra, como em ston → eston), epêntese (no meio, como em humile → humilde) e paragoge (no fim, como em Falan → Falane).
Já os processos de supressão incluem a aférese (supressão no início, como em ainda → inda), a síncope (no meio, como em definição → def'nição) e a apócope (no fim, exemplo: amore → amor). Estes processos ajudaram a transformar o latim no português que falamos hoje.
Existem ainda outros processos importantes como a metátese (troca de posição de sons, como em semper → sempre), a assimilação (aproximação de sons, como em persona → pessoa) e a dissimilação (diferenciação na pronúncia, como em calamellu → caramelo).
💡 Dica útil: Para memorizar os processos de adição, lembra-te da ordem PRE-ME-FIM: PRótese (início), Epêntese (MEio) e Paragoge (FIM). O mesmo funciona para os processos de supressão: Aférese (início), Síncope (meio) e Apócope (fim).
Outros processos fonológicos incluem a vocalização (consoante que vira vogal, como em facto → feito), a sonorização (transformação de consoantes surdas em sonoras, como em lupo → lobo) e a palatalização (como em clave → chave). Estes fenómenos demonstram como a pronúncia influencia a evolução da escrita ao longo do tempo.