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Introdução à Poesia Trovadoresca: Entenda as Cantigas

6

0

I

Inês Sebastião

26/11/2025

Português

poesia trovadoresca

406

26 de nov. de 2025

9 páginas

Introdução à Poesia Trovadoresca: Entenda as Cantigas

I

Inês Sebastião

@inssebastio

A poesia trovadoresca é um conjunto de expressões poéticas medievais... Mostrar mais

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Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

Género
Subgénero
lirico
cantigas de amigo
-cantigas de a

Géneros da Poesia Trovadoresca

A poesia trovadoresca divide-se em dois grandes géneros: o lírico e o satírico. No género lírico encontramos as cantigas de amigo e as cantigas de amor, enquanto no género satírico temos as cantigas de escárnio e as cantigas de maldizer.

As cantigas de amigo são poemas de origem autóctone (norte de Portugal e Galiza), onde o sujeito poético é feminino. Nestas cantigas, uma jovem expressa os seus sentimentos amorosos e confidencia as suas emoções a várias entidades como a mãe, as amigas ou até a própria Natureza.

A cantiga "Ai eu, coitada, como vivo" exemplifica perfeitamente estes aspetos. Nela, a donzela revela o seu sofrimento e preocupação pelo amigo que está longe, na Guarda. A expressão "coitada" e a interjeição "Ai" reforçam esse tom de confidência e dor pela ausência.

💡 As cantigas de amigo caracterizam-se pela sua naturalidade e espontaneidade, refletindo sentimentos autênticos através de estruturas simples e repetitivas (paralelismo e refrão), que facilitavam a sua transmissão oral.

Em termos de estrutura, a cantiga analisada apresenta duas estrofes seguidas de refrão, com paralelismo entre as duas coplas. Estes elementos formais são típicos das cantigas de amigo e reforçam a sua origem tradicional e popular.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

Género
Subgénero
lirico
cantigas de amigo
-cantigas de a

Bailemos nós já todas três: a alegria na cantiga de amigo

Na cantiga "Bailemos nós já todas três, ai amigas", encontramos outro exemplo perfeito de cantiga de amigo, mas com um tom muito diferente - aqui predomina a alegria e a celebração.

O texto apresenta-nos uma jovem feliz e confiante que convida as amigas para dançarem sob as aveleiras floridas. É interessante notar como a Natureza (simbolizada pelas "avelaneiras frolidas") se harmoniza com os sentimentos das donzelas, reforçando a ideia de alegria e do despertar para o amor.

A jovem convida outras donzelas a juntarem-se à dança, desde que sejam belas ("velidas", "louçanas") e estejam apaixonadas ("se amigo amar"). Este é um poema que celebra a beleza feminina, a juventude e o poder de sedução.

Em termos formais, esta cantiga apresenta:

  • Estrutura de refrão: "se amigo amar, verrá bailar"
  • Paralelismo anafórico e semântico
  • Musicalidade (natural, pois é uma cantiga que convida à dança)

💡 Por convidar à dança, esta cantiga pode ser classificada como uma bailla ou bailada, um subtipo específico de cantiga de amigo associado à música e ao movimento.

A relação entre as donzelas e a Natureza é muito forte - as aveleiras floridas simbolizam a primavera, que por sua vez representa o florescer dos sentimentos amorosos das jovens. Esta sintonia entre o mundo natural e os sentimentos humanos é uma característica fundamental das cantigas de amigo.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

Género
Subgénero
lirico
cantigas de amigo
-cantigas de a

Ondas do mar de Vigo: a Natureza como confidente

As cantigas de amigo frequentemente utilizam dois processos formais fundamentais: o refrão e o paralelismo. A cantiga "Ondas do mar de Vigo", de Martim Codax, ilustra perfeitamente estes elementos.

Nesta composição, a donzela dirige-se às ondas do mar, perguntando-lhes se viram o seu amado. A Natureza torna-se confidente dos sentimentos da jovem, representando o mar tanto a distância como o perigo que separam os amantes.

A estrutura da cantiga é fascinante:

  • Há dois pares de estrofes em paralelismo
  • Cada estrofe é seguida do mesmo refrão: "E ai Deus, se verrá cedo!"
  • Utiliza o recurso do leixa-pren, onde o segundo verso de um dístico se torna o primeiro verso do dístico seguinte

Esta estrutura repetitiva cria um efeito musical e emocional poderoso, intensificando a ansiedade e a súplica da jovem.

💡 O mar nas cantigas de amigo tem um forte valor simbólico - representa tanto a separação dos amantes como a inquietação emocional do sujeito poético, espelhando o estado de alma da donzela.

A simplicidade e musicalidade desta cantiga são evidentes na alternância das vogais i, e, a nas rimas, criando uma melodia facilmente memorizável. A súplica a Deus ("E ai Deus, se verrá cedo!") intensifica a expectativa do regresso do amado, mostrando a dimensão emocional da espera.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

Género
Subgénero
lirico
cantigas de amigo
-cantigas de a

Cantigas de amor: o sofrimento e a vassalagem amorosa

Enquanto nas cantigas de amigo o sujeito poético é feminino, nas cantigas de amor é sempre masculino. Estas composições foram influenciadas pela poesia provençal francesa e apresentam o amor de forma mais artificial e codificada.

As cantigas de amor baseiam-se em dois elementos fundamentais:

  • A coita de amor - o sofrimento amoroso
  • O elogio cortês - o louvor à dama amada

O poeta coloca-se numa posição de vassalagem amorosa perante a sua "senhor" (dama), que geralmente se mostra distante e indiferente. Este tipo de relação reflete as estruturas sociais do feudalismo, transpondo-as para o contexto amoroso.

Na cantiga "Proençaes soen mui ben trobar", D. Dinis estabelece uma comparação entre os trovadores provençais e ele próprio. Apesar de reconhecer o talento dos provençais, o rei-poeta considera o seu próprio amor mais profundo e autêntico, pois os provençais apenas cantam no "tempo da flor" (primavera), enquanto o seu sofrimento é constante e levará à morte.

💡 Esta cantiga funciona quase como uma arte poética, contrastando dois tipos de poesia amorosa: a provençal (mais artificial) e a do trovador português (que se considera mais autêntica e profunda).

Apesar desta afirmação de originalidade, o poema termina com um lugar-comum da poesia cortês: a morte por amor. Isto mostra como mesmo os poetas que tentavam distanciar-se das convenções acabavam por recorrer a elas.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

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Subgénero
lirico
cantigas de amigo
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A influência provençal nas cantigas de amor

As cantigas de amor desenvolveram-se sob a influência dos poemas e temas da Provença (França), adaptando-se às formas poéticas já existentes na Península Ibérica.

Nestas cantigas, o amor assume contornos mais artificiais e convencionais. O poeta (homem) coloca-se ao serviço de uma mulher, geralmente casada, numa relação que reproduz a vassalagem da sociedade feudal. Esta dama é tratada por "senhor" (no masculino) e mantém-se distante e inacessível.

O trovador louva as características físicas e morais da sua amada, sempre sem a nomear diretamente (por discrição), e submete-se totalmente a ela. Este código de conduta, conhecido como amor cortês, confere às cantigas um tom artificial, distante da espontaneidade das cantigas de amigo.

O sofrimento amoroso (a coita) é central nestas composições, expressando-se através de emoções como a dor, a angústia, o desespero e, no limite, a loucura ou a morte.

💡 A adaptação da poesia provençal (cansó) às formas locais resultou num estilo híbrido: mantém-se o código do amor cortês, mas utilizam-se estruturas como o refrão e uma expressão mais direta dos sentimentos.

Na cantiga "Proençaes soen mui ben trobar", D. Dinis afirma a superioridade da sua coita de amor em relação aos trovadores provençais. É uma forma de o poeta se posicionar dentro da tradição trovadoresca, reivindicando autenticidade para o seu sofrimento amoroso, em oposição ao que considera ser o artificialismo dos provençais.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

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cantigas de amigo
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Cantigas de escárnio e de maldizer: a dimensão satírica

Além das cantigas líricas, os trovadores e jograis também criaram composições satíricas - as cantigas de escárnio e de maldizer. Estas cantigas permitiam aos poetas apontar o dedo a figuras da sociedade, comportamentos ou situações que consideravam criticáveis.

A principal diferença entre elas está na forma como fazem a crítica:

  • Cantigas de escárnio: criticam de forma indireta, sem especificar claramente o alvo, usando uma linguagem mais camuflada e irónica
  • Cantigas de maldizer: criticam diretamente, nomeando os visados e usando linguagem clara, por vezes violenta ou grosseira

Estas composições oferecem um retrato mais completo da sociedade medieval, abordando temas como:

  • O amor cortês e o seu carácter dramático
  • O ofício da criação poética
  • Comportamentos imorais do clero
  • A vida miserável de alguns nobres

Na cantiga "Ai dona fea, fostes-vos queixar", João Garcia de Guilhade apresenta uma paródia do amor cortês. Em vez de louvar uma dama bela e virtuosa (como seria habitual nas cantigas de amor), o poeta "elogia" sarcasticamente uma "dona fea, velha e sandia" (feia, velha e louca).

💡 Esta cantiga é uma excelente demonstração da ironia trovadoresca: a dona queixou-se por não ser louvada, e o poeta atende a esse pedido, mas de forma completamente oposta ao que ela esperaria, criando assim o efeito cómico.

A linguagem rude do refrão e a tripla adjetivação negativa ("fea, velha e sandia") são elementos típicos da sátira medieval, que subvertem as convenções do amor cortês.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

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lirico
cantigas de amigo
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Paródia e crítica nas cantigas satíricas

A cantiga "Ai dona fea, fostes-vos queixar" é um excelente exemplo de cantiga de escárnio. O poeta critica indiretamente uma dona (sem revelar seu nome) que deseja ser louvada apesar de não possuir os atributos normalmente celebrados nas cantigas de amor.

A ironia percorre toda a cantiga: a dona queixou-se por não ser louvada, e o poeta parece atender a esse desejo "maisoraquerofazerumcantar/emquevosloareitodavia""mais ora quero fazer um cantar / em que vos loarei todavia". No entanto, o "louvor" que lhe dedica é exatamente o oposto do que seria esperado numa cantiga de amor tradicional: "dona fea, velha e sandia!" (feia, velha e louca).

Esta composição funciona como uma paródia do amor cortês, imitando a estrutura das cantigas de amor, mas com propósito cómico. O refrão, que repete a tripla caracterização negativa da dona, cria um efeito humorístico ao inverter completamente as convenções do elogio cortês, que normalmente celebraria a beleza, juventude e virtude da dama.

💡 O recurso à paródia nas cantigas satíricas revela a consciência que os trovadores tinham das convenções poéticas do seu tempo, usando-as criativamente para produzir humor e crítica.

As cantigas de escárnio, ao criticarem indiretamente, permitiam aos trovadores maior liberdade para abordar temas delicados sem sofrer consequências diretas, uma vez que a identidade do alvo permanecia ambígua.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

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Subgénero
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Crítica direta nas cantigas de maldizer

A cantiga "Roi Queimado morreu com amor" exemplifica perfeitamente o género da cantiga de maldizer. Pero Garcia Burgalês critica de forma direta e explícita um outro trovador (Roi Queimado), identificando-o pelo nome logo no primeiro verso.

O alvo da crítica é o comportamento de Roi Queimado como poeta: ele afirma nas suas cantigas que morre de amor, para parecer um grande trovador ("e por se meter por mais trobador"), mas depois "ressurge ao terceiro dia". Esta referência religiosa (alusão à ressurreição de Cristo) intensifica a ironia e o tom satírico do poema.

A cantiga ridiculariza não apenas Roi Queimado, mas também a convenção da morte por amor, tão comum nas cantigas de amor. O poeta critica o artificialismo e o exagero dos trovadores que usam esse tópico, revelando assim a artificialidade das convenções poéticas do amor cortês.

O efeito cómico é reforçado pelo uso de antíteses "morrer/viver""morrer / viver" e pela ironia presente na "finda" (estrofe final), onde o próprio sujeito poético afirma que gostaria de ter o mesmo poder que Roi Queimado - morrer e depois voltar a viver.

💡 Esta cantiga revela o lado mais crítico e reflexivo da poesia trovadoresca, que não apenas seguia convenções, mas também as questionava e satirizava, criando um interessante jogo metaliterário.

Ao criticar um poeta contemporâneo, Pero Garcia Burgalês mostra como a comunidade trovadoresca era autorreflexiva, comentando e avaliando a qualidade e a autenticidade da produção uns dos outros.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

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Síntese da Poesia Trovadoresca

A poesia trovadoresca apresenta três géneros principais, cada um com características distintas:

Cantigas de amigo

  • Sujeito poético: voz feminina (donzela, menina)
  • Sentimentos: amor, saudade, tristeza, mágoa, ansiedade, alegria
  • Confidentes: Natureza, amigas, mãe
  • Ambiente: doméstico, familiar, rural, natural
  • Origem: autóctone (tradição lírica da região)
  • Estrutura: paralelismo, refrão, regularidade estrófica e métrica
  • Exemplo: "Pois nossas madres van a San Simon"

Cantigas de amor

  • Sujeito poético: voz masculina (trovador)
  • Sentimentos: coita de amor, sofrimento, morte por amor
  • Relação: vassalagem amorosa à "senhor"
  • Ambiente: aristocrático, palaciano, cortês
  • Origem: influência provençal
  • Estrutura: cantiga de mestria (sem refrão) ou com refrão
  • Exemplo: "A dona que eu am'e tenho por senhor"

Cantigas de escárnio e maldizer

  • Sujeito poético: voz masculina (trovador)
  • Temas: paródia do amor cortês, crítica de costumes
  • Diferença: crítica indireta (escárnio) ou direta (maldizer)
  • Ambiente: palaciano, cortesão
  • Recursos: ironia, sátira, humor
  • Exemplo: "Roi Queimado morreu com amor"

💡 A poesia trovadoresca utilizava recursos técnicos específicos como o leixa-pren, a ata-finda, o dobre e o mozdobre, que criavam padrões de repetição e encadeamento, facilitando a memorização e enfatizando a musicalidade dos poemas.

Compreender estes géneros e suas características é essencial para apreciar a riqueza da poesia medieval galego-portuguesa, que reflete tanto a sensibilidade lírica quanto o espírito crítico da época.



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A App é muito fácil de usar e está nem organizada. Encontrei tudo o que estava à procura até agora e consegui aprender muito com as apresentações! Vou usar a app para um trabalho escolar! E claro que também me ajuda muito como inspiração.

João S

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Ana

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Tomás R

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Luísa M

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David F

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Marco O

utilizador Android

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André B

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Júlia S

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Marco B

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Sarah L

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Paulo T

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Introdução à Poesia Trovadoresca: Entenda as Cantigas

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A poesia trovadoresca é um conjunto de expressões poéticas medievais que se desenvolveu na Península Ibérica entre os séculos XII e XIV. Esta forma de arte reflete os sentimentos, as relações sociais e os costumes da época através de diferentes... Mostrar mais

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Géneros da Poesia Trovadoresca

A poesia trovadoresca divide-se em dois grandes géneros: o lírico e o satírico. No género lírico encontramos as cantigas de amigo e as cantigas de amor, enquanto no género satírico temos as cantigas de escárnio e as cantigas de maldizer.

As cantigas de amigo são poemas de origem autóctone (norte de Portugal e Galiza), onde o sujeito poético é feminino. Nestas cantigas, uma jovem expressa os seus sentimentos amorosos e confidencia as suas emoções a várias entidades como a mãe, as amigas ou até a própria Natureza.

A cantiga "Ai eu, coitada, como vivo" exemplifica perfeitamente estes aspetos. Nela, a donzela revela o seu sofrimento e preocupação pelo amigo que está longe, na Guarda. A expressão "coitada" e a interjeição "Ai" reforçam esse tom de confidência e dor pela ausência.

💡 As cantigas de amigo caracterizam-se pela sua naturalidade e espontaneidade, refletindo sentimentos autênticos através de estruturas simples e repetitivas (paralelismo e refrão), que facilitavam a sua transmissão oral.

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O texto apresenta-nos uma jovem feliz e confiante que convida as amigas para dançarem sob as aveleiras floridas. É interessante notar como a Natureza (simbolizada pelas "avelaneiras frolidas") se harmoniza com os sentimentos das donzelas, reforçando a ideia de alegria e do despertar para o amor.

A jovem convida outras donzelas a juntarem-se à dança, desde que sejam belas ("velidas", "louçanas") e estejam apaixonadas ("se amigo amar"). Este é um poema que celebra a beleza feminina, a juventude e o poder de sedução.

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  • Estrutura de refrão: "se amigo amar, verrá bailar"
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💡 Por convidar à dança, esta cantiga pode ser classificada como uma bailla ou bailada, um subtipo específico de cantiga de amigo associado à música e ao movimento.

A relação entre as donzelas e a Natureza é muito forte - as aveleiras floridas simbolizam a primavera, que por sua vez representa o florescer dos sentimentos amorosos das jovens. Esta sintonia entre o mundo natural e os sentimentos humanos é uma característica fundamental das cantigas de amigo.

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A estrutura da cantiga é fascinante:

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  • Cada estrofe é seguida do mesmo refrão: "E ai Deus, se verrá cedo!"
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Esta estrutura repetitiva cria um efeito musical e emocional poderoso, intensificando a ansiedade e a súplica da jovem.

💡 O mar nas cantigas de amigo tem um forte valor simbólico - representa tanto a separação dos amantes como a inquietação emocional do sujeito poético, espelhando o estado de alma da donzela.

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Cantigas de amor: o sofrimento e a vassalagem amorosa

Enquanto nas cantigas de amigo o sujeito poético é feminino, nas cantigas de amor é sempre masculino. Estas composições foram influenciadas pela poesia provençal francesa e apresentam o amor de forma mais artificial e codificada.

As cantigas de amor baseiam-se em dois elementos fundamentais:

  • A coita de amor - o sofrimento amoroso
  • O elogio cortês - o louvor à dama amada

O poeta coloca-se numa posição de vassalagem amorosa perante a sua "senhor" (dama), que geralmente se mostra distante e indiferente. Este tipo de relação reflete as estruturas sociais do feudalismo, transpondo-as para o contexto amoroso.

Na cantiga "Proençaes soen mui ben trobar", D. Dinis estabelece uma comparação entre os trovadores provençais e ele próprio. Apesar de reconhecer o talento dos provençais, o rei-poeta considera o seu próprio amor mais profundo e autêntico, pois os provençais apenas cantam no "tempo da flor" (primavera), enquanto o seu sofrimento é constante e levará à morte.

💡 Esta cantiga funciona quase como uma arte poética, contrastando dois tipos de poesia amorosa: a provençal (mais artificial) e a do trovador português (que se considera mais autêntica e profunda).

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Nestas cantigas, o amor assume contornos mais artificiais e convencionais. O poeta (homem) coloca-se ao serviço de uma mulher, geralmente casada, numa relação que reproduz a vassalagem da sociedade feudal. Esta dama é tratada por "senhor" (no masculino) e mantém-se distante e inacessível.

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O sofrimento amoroso (a coita) é central nestas composições, expressando-se através de emoções como a dor, a angústia, o desespero e, no limite, a loucura ou a morte.

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Na cantiga "Proençaes soen mui ben trobar", D. Dinis afirma a superioridade da sua coita de amor em relação aos trovadores provençais. É uma forma de o poeta se posicionar dentro da tradição trovadoresca, reivindicando autenticidade para o seu sofrimento amoroso, em oposição ao que considera ser o artificialismo dos provençais.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

Género
Subgénero
lirico
cantigas de amigo
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Cantigas de escárnio e de maldizer: a dimensão satírica

Além das cantigas líricas, os trovadores e jograis também criaram composições satíricas - as cantigas de escárnio e de maldizer. Estas cantigas permitiam aos poetas apontar o dedo a figuras da sociedade, comportamentos ou situações que consideravam criticáveis.

A principal diferença entre elas está na forma como fazem a crítica:

  • Cantigas de escárnio: criticam de forma indireta, sem especificar claramente o alvo, usando uma linguagem mais camuflada e irónica
  • Cantigas de maldizer: criticam diretamente, nomeando os visados e usando linguagem clara, por vezes violenta ou grosseira

Estas composições oferecem um retrato mais completo da sociedade medieval, abordando temas como:

  • O amor cortês e o seu carácter dramático
  • O ofício da criação poética
  • Comportamentos imorais do clero
  • A vida miserável de alguns nobres

Na cantiga "Ai dona fea, fostes-vos queixar", João Garcia de Guilhade apresenta uma paródia do amor cortês. Em vez de louvar uma dama bela e virtuosa (como seria habitual nas cantigas de amor), o poeta "elogia" sarcasticamente uma "dona fea, velha e sandia" (feia, velha e louca).

💡 Esta cantiga é uma excelente demonstração da ironia trovadoresca: a dona queixou-se por não ser louvada, e o poeta atende a esse pedido, mas de forma completamente oposta ao que ela esperaria, criando assim o efeito cómico.

A linguagem rude do refrão e a tripla adjetivação negativa ("fea, velha e sandia") são elementos típicos da sátira medieval, que subvertem as convenções do amor cortês.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

Género
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lirico
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Paródia e crítica nas cantigas satíricas

A cantiga "Ai dona fea, fostes-vos queixar" é um excelente exemplo de cantiga de escárnio. O poeta critica indiretamente uma dona (sem revelar seu nome) que deseja ser louvada apesar de não possuir os atributos normalmente celebrados nas cantigas de amor.

A ironia percorre toda a cantiga: a dona queixou-se por não ser louvada, e o poeta parece atender a esse desejo "maisoraquerofazerumcantar/emquevosloareitodavia""mais ora quero fazer um cantar / em que vos loarei todavia". No entanto, o "louvor" que lhe dedica é exatamente o oposto do que seria esperado numa cantiga de amor tradicional: "dona fea, velha e sandia!" (feia, velha e louca).

Esta composição funciona como uma paródia do amor cortês, imitando a estrutura das cantigas de amor, mas com propósito cómico. O refrão, que repete a tripla caracterização negativa da dona, cria um efeito humorístico ao inverter completamente as convenções do elogio cortês, que normalmente celebraria a beleza, juventude e virtude da dama.

💡 O recurso à paródia nas cantigas satíricas revela a consciência que os trovadores tinham das convenções poéticas do seu tempo, usando-as criativamente para produzir humor e crítica.

As cantigas de escárnio, ao criticarem indiretamente, permitiam aos trovadores maior liberdade para abordar temas delicados sem sofrer consequências diretas, uma vez que a identidade do alvo permanecia ambígua.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

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Crítica direta nas cantigas de maldizer

A cantiga "Roi Queimado morreu com amor" exemplifica perfeitamente o género da cantiga de maldizer. Pero Garcia Burgalês critica de forma direta e explícita um outro trovador (Roi Queimado), identificando-o pelo nome logo no primeiro verso.

O alvo da crítica é o comportamento de Roi Queimado como poeta: ele afirma nas suas cantigas que morre de amor, para parecer um grande trovador ("e por se meter por mais trobador"), mas depois "ressurge ao terceiro dia". Esta referência religiosa (alusão à ressurreição de Cristo) intensifica a ironia e o tom satírico do poema.

A cantiga ridiculariza não apenas Roi Queimado, mas também a convenção da morte por amor, tão comum nas cantigas de amor. O poeta critica o artificialismo e o exagero dos trovadores que usam esse tópico, revelando assim a artificialidade das convenções poéticas do amor cortês.

O efeito cómico é reforçado pelo uso de antíteses "morrer/viver""morrer / viver" e pela ironia presente na "finda" (estrofe final), onde o próprio sujeito poético afirma que gostaria de ter o mesmo poder que Roi Queimado - morrer e depois voltar a viver.

💡 Esta cantiga revela o lado mais crítico e reflexivo da poesia trovadoresca, que não apenas seguia convenções, mas também as questionava e satirizava, criando um interessante jogo metaliterário.

Ao criticar um poeta contemporâneo, Pero Garcia Burgalês mostra como a comunidade trovadoresca era autorreflexiva, comentando e avaliando a qualidade e a autenticidade da produção uns dos outros.

Antes do estudo da poesia trovadoresca, convém distinguir os géneros e subgéneros.

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Síntese da Poesia Trovadoresca

A poesia trovadoresca apresenta três géneros principais, cada um com características distintas:

Cantigas de amigo

  • Sujeito poético: voz feminina (donzela, menina)
  • Sentimentos: amor, saudade, tristeza, mágoa, ansiedade, alegria
  • Confidentes: Natureza, amigas, mãe
  • Ambiente: doméstico, familiar, rural, natural
  • Origem: autóctone (tradição lírica da região)
  • Estrutura: paralelismo, refrão, regularidade estrófica e métrica
  • Exemplo: "Pois nossas madres van a San Simon"

Cantigas de amor

  • Sujeito poético: voz masculina (trovador)
  • Sentimentos: coita de amor, sofrimento, morte por amor
  • Relação: vassalagem amorosa à "senhor"
  • Ambiente: aristocrático, palaciano, cortês
  • Origem: influência provençal
  • Estrutura: cantiga de mestria (sem refrão) ou com refrão
  • Exemplo: "A dona que eu am'e tenho por senhor"

Cantigas de escárnio e maldizer

  • Sujeito poético: voz masculina (trovador)
  • Temas: paródia do amor cortês, crítica de costumes
  • Diferença: crítica indireta (escárnio) ou direta (maldizer)
  • Ambiente: palaciano, cortesão
  • Recursos: ironia, sátira, humor
  • Exemplo: "Roi Queimado morreu com amor"

💡 A poesia trovadoresca utilizava recursos técnicos específicos como o leixa-pren, a ata-finda, o dobre e o mozdobre, que criavam padrões de repetição e encadeamento, facilitando a memorização e enfatizando a musicalidade dos poemas.

Compreender estes géneros e suas características é essencial para apreciar a riqueza da poesia medieval galego-portuguesa, que reflete tanto a sensibilidade lírica quanto o espírito crítico da época.

Pensávamos que não ias perguntar...

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Paulo T

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