Fernando Pessoa - Contextualização e Tendências Poéticas
Nascido em Lisboa em 1888, Fernando Pessoa desenvolveu seu talento literário desde cedo, escrevendo seus primeiros poemas em inglês aos 13 anos durante sua estadia na África do Sul. Ao retornar a Lisboa em 1908, tornou-se figura central das tertúlias literárias em cafés como A Brasileira, marcando presença definitiva no Modernismo português com a revista Orpheu (1915).
A poesia do ortónimo rompe com as formas tradicionais, abraçando características marcantes do Modernismo como a fragmentação do eu e o poder criador da palavra. Sua escrita explora o mistério e o esotérico, desafiando o leitor com uma visão moderna impulsionada pela tensão constante entre consciência crítica e sonho.
O fingimento artístico é fundamental na criação poética do ortónimo, onde emoção e pensamento são transformados intelectualmente, resultando numa poesia construída mais que espontânea. A "dor de pensar" manifesta-se como angústia existencial do poeta que paradoxalmente busca a inconsciência infantil para escapar do peso da razão.
💡 O contraste entre sonho e realidade é um dos conflitos existenciais mais profundos na obra de Pessoa, onde o mundo idealizado do sonho representa a perfeição inalcançável, enquanto a realidade apresenta-se como frustrante e limitadora.