Alberto Caeiro: O Mestre dos Heterónimos
Criado por Fernando Pessoa, Alberto Caeiro apresenta uma biografia ficcional singular: nasceu em Lisboa em 1889 e faleceu jovem, aos 26 anos, vítima de tuberculose. Viveu principalmente numa quinta no Ribatejo, em contato direto com a Natureza, tendo apenas instrução primária e sendo órfão desde cedo.
A personalidade de Caeiro é marcada pela simplicidade e anti-intelectualismo. Ele rejeita completamente o pensamento racional, chegando a afirmar que "pensar é estar doente dos olhos". Para ele, a verdadeira sabedoria está em ver e sentir, não em filosofar ou interpretar.
Os temas centrais da sua poesia giram em torno da Natureza como essência da realidade. Caeiro defende que a realidade é apenas o que se vê e sente, sem significados ocultos ou simbolismos. O seu sensacionismo radical propõe um contato direto com o mundo natural, livre de interpretações intelectuais.
Dica prática: Para compreender Caeiro, tenta adotar temporariamente a sua visão: observa algo natural (uma flor, uma pedra) e foca-te apenas nas suas características físicas, sem atribuir significados simbólicos ou emocionais.