Álvaro Campos, "O poeta da modernidade"
Álvaro Campos passa por diferentes fases poéticas, começando pela fase decadentista, marcada por um profundo tédio existencial e falta de objetivos na vida. Nesta fase, predominam sentimentos de monotonia, frustração e resignação, refletindo um vazio interior.
Na sua fase futurista e sensacionalista, Campos torna-se eufórico e explosivo, celebrando o mundo moderno e industrial. Deseja "sentir tudo de todas as maneiras" e exalta a força das máquinas, a velocidade e a civilização tecnológica na famosa "Ode Triunfal". Há um desejo quase obsessivo de se fundir com as máquinas e experimentar sensações extremas.
A última fase, marcada pelo intimismo, revela um Campos deprimido e melancólico, incapaz de concretizar os seus sonhos. Manifesta saudades da infância e uma profunda angústia existencial, questionando o sentido da vida e expressando um pessimismo agónico.
🔍 A poesia de Álvaro Campos quebra todas as convenções formais, usando versos irregulares (ora curtos, ora longos) e desprezando a rima tradicional - uma forma poética que reflete perfeitamente o seu espírito caótico e inquieto.