Angústia Existencial e Questão Coimbrã
A angústia existencial é um tema recorrente na obra de Antero, manifestando-se através de uma constante inquietação espiritual. Os seus sonetos revelam frequentemente insatisfação perante o real, desencanto face ao amor e à vida, e uma incessante procura de sentido para a existência. Quando desiludido com a luta, o poeta refugia-se no sonho e na transcendência religiosa.
A Questão Coimbrã (também conhecida como "Questão do Bom Senso e Bom Gosto") foi uma polémica literária ocorrida em 1865 que marcou o início do movimento realista em Portugal. De um lado estava António Feliciano de Castilho, defensor do romantismo tradicional, e do outro um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra, entre eles Antero de Quental e Teófilo Braga.
Esta contenda representou um choque entre visões literárias: os românticos defendiam uma literatura formal, academista e conservadora, enquanto os jovens de Coimbra propunham uma renovação literária que denunciasse a sociedade e mostrasse a vida humana de maneira mais realista. Eles criticavam a falsidade da literatura romântica e defendiam transformações artísticas, culturais, políticas e económicas.
💡 A Questão Coimbrã não foi apenas um debate literário, mas o início de uma revolução cultural que transformaria profundamente a sociedade portuguesa!