Perfis de Produtores e Soluções Estruturais
A força de trabalho agrícola em Portugal tem diminuído continuamente nas últimas décadas, com crescente dificuldade em contratar mão de obra suficiente e especializada. Isto representa um importante obstáculo à produtividade e competitividade do setor.
O agricultor singular típico português tem 64 anos, possui reduzido nível de instrução e formação agrícola, conhecimento limitado sobre mercados globais, é predominantemente do sexo masculino e frequentemente pratica a pluriatividade (exercendo mais que uma atividade económica em simultâneo).
Em contraste, os dirigentes das sociedades agrícolas são relativamente mais jovens (51 anos), maioritariamente homens, possuem maior qualificação académica e formação agrícola, e têm na agricultura sua principal e praticamente única fonte de rendimento.
Para resolver os problemas da estrutura fundiária, existem duas soluções principais:
O emparcelamento rural consiste no agrupamento de pequenas explorações para obter conjuntos mais vastos, corrigindo a dispersão e fragmentação. Inclui também intervenções de melhoria na rede viária e de drenagem.
O arrendamento rural transfere para o locatário, por determinado tempo e mediante retribuição, o direito de explorar o prédio rústico para fins agrícolas, pecuários ou florestais. Esta prática permite que terras improdutivas ou subutilizadas possam ser trabalhadas por agricultores sem terras próprias.
⚠️ Importante! A diferença de idade e formação entre produtores singulares e dirigentes de sociedades agrícolas explica, em grande parte, as disparidades de produtividade e inovação no setor. A renovação geracional e a formação são essenciais para o futuro da agricultura portuguesa.