Crescimento Natural e Efetivo em Portugal
A taxa de crescimento natural em Portugal tem valores semelhantes à média da União Europeia, embora existam países europeus em situações mais graves, como a Bulgária e a Hungria.
A evolução da taxa de crescimento natural em Portugal tem acompanhado a descida da taxa de natalidade, diminuindo significativamente de 13,37% em 1960 para apenas 0,7% em 2001. Apesar deste decréscimo constante, Portugal ainda mantém um crescimento natural positivo.
As diferenças regionais são marcantes: o litoral apresenta crescimento positivo ou nulo, enquanto o interior regista crescimento negativo em todas as regiões. Esta disparidade reflete o envelhecimento populacional mais acentuado no interior do país.
Quanto à taxa de crescimento efetivo, esta tem vindo a diminuir devido à queda da natalidade. Após um período de valores negativos nos anos 60 e início dos 70 mıˊnimode−0,84 causados pela emigração para a Europa, Portugal conheceu uma recuperação entre 1975 e 1985 graças ao regresso das populações das ex-colónias e à diminuição da emigração.
Facto interessante: Nos anos 90, Portugal transformou-se de um país de origem de emigrantes para um país de destino migratório, acolhendo imigrantes de várias partes do mundo, especialmente dos PALOP, Brasil e Europa de Leste.
Os contrastes regionais no crescimento efetivo evidenciam a concentração populacional no litoral, onde a taxa de natalidade é mais elevada e existe maior atração para os imigrantes devido às melhores oportunidades de emprego, enquanto o interior sofre com a desertificação causada pela saída dos jovens.