O Dualismo Cartesiano e suas Críticas
Para Descartes, Deus, sendo perfeito e bom, não é enganador. Isto liberta-nos da dúvida hiperbólica e garante a verdade das ideias claras e distintas. Esta conclusão permite-lhe estabelecer a existência de três tipos de substâncias: a substância pensante alma/espıˊrito, a substância extensa (material) e a substância divina (Deus).
O ser humano, segundo Descartes, constitui uma união de duas substâncias: alma e corpo. Este conceito ficou conhecido como dualismo cartesiano ou dualismo substancial, estabelecendo uma separação fundamental entre o mental e o físico.
A filosofia cartesiana enfrentou diversas críticas, que podemos agrupar em quatro categorias principais: 1) objeções ao cogito; 2) objeção do círculo cartesiano (usar Deus para garantir as ideias claras e usar ideias claras para provar Deus); 3) objeções ao dualismo cartesiano; 4) objeções à ideia de ser perfeito.
Enquanto Descartes representa o racionalismo, Hume oferece uma resposta empirista. Para Hume, o conteúdo da nossa mente são perceções, que variam conforme o seu grau de força e vivacidade. As impressões são perceções fortes e vivas (como sensações), enquanto as ideias são perceções menos intensas, que derivam das impressões.
🔍 O dualismo cartesiano influenciou profundamente a forma como pensamos sobre a mente e o corpo, mas a explicação de como estas duas substâncias interagem continua a ser um problema filosófico.