O Racionalismo de René Descartes
Imagina acordar um dia e questionar se tudo o que sabes é realmente verdadeiro. Foi exatamente isso que Descartes fez! Vivendo durante a Revolução Científica (1596-1650), ele procurou encontrar um conhecimento absolutamente seguro num mundo cheio de incertezas.
Para isso, criou a dúvida metódica - um processo de questionar sistematicamente tudo o que pudesse ser falso. Descartes duvidou dos sentidos (que podem enganar), da matemática poderiahaverumgeˊniomalignoamanipular−nos e até da própria realidade (poderia ser apenas um sonho). Mas no meio de tantas dúvidas, encontrou uma certeza inabalável: "Penso, logo existo" (Cogito, ergo sum). Mesmo duvidando, ele estava a pensar, e se pensava, tinha de existir!
O método cartesiano estabeleceu quatro regras fundamentais: a evidência (aceitar apenas o que é claro e distinto), a análise (dividir problemas em partes simples), a síntese (reconstruir o todo a partir das partes) e a enumeração (revisar tudo cuidadosamente). Este método sistemático pode ser aplicado não só na matemática, mas em qualquer área do conhecimento.
💡 Descartes acreditava em ideias inatas - conceitos como Deus, perfeição e infinito que, segundo ele, já nasciam connosco e não vinham da experiência. Esta valorização da razão sobre os sentidos é a essência do racionalismo cartesiano.