O Empirismo de David Hume
Para Hume (1711-1776), a nossa mente começa como uma "tábua rasa" - sem ideias pré-concebidas. Tudo o que conhecemos e pensamos tem origem na experiência dos sentidos. Esta visão contrasta radicalmente com filósofos que defendiam a existência de ideias inatas.
Hume distingue dois tipos fundamentais de perceções: as impressões (perceções vívidas e diretas como ver, ouvir ou sentir dor) e as ideias (versões mais fracas das impressões, como lembranças ou imaginações). Por exemplo, só tens a ideia de "maçã" porque primeiro tiveste a impressão sensorial de ver ou comer uma.
O princípio da cópia é central na sua teoria: todas as ideias derivam de impressões anteriores. Se alguém afirma ter uma ideia sem uma impressão correspondente, essa ideia é considerada sem sentido. Este princípio serve como um teste para validar conceitos - se não consegues relacionar uma ideia com uma experiência sensorial, ela não tem fundamento.
⚠️ Atenção! A crítica de Hume à causalidade é revolucionária: ele argumenta que nunca observamos realmente a "causa" em si, apenas eventos que acontecem repetidamente juntos. Quando dizes que "A causa B" (como fogo causa queimaduras), estás apenas a expressar um hábito mental baseado em observações repetidas, não uma ligação necessária entre os fenómenos.