Os Argumentos da Dúvida e a Evidência
A ilusão dos sentidos baseia-se na constatação de que, como os sentidos nos enganam algumas vezes, nunca podemos saber com certeza se nos estão a enganar ou não em determinado momento.
A indistinção vigília-sono refere-se ao facto de que, por vezes, acreditamos estar a ter uma experiência real quando na verdade estamos apenas a sonhar, o que coloca em causa a fiabilidade da nossa percepção.
Os erros de raciocínio apontam para a possibilidade de cometermos erros mesmo em raciocínios aparentemente simples, questionando a fiabilidade da nossa razão.
A hipótese do génio maligno sugere que poderia existir um ser extremamente poderoso dedicado a enganar-nos constantemente, fazendo-nos acreditar em falsidades.
Para Descartes, o critério para distinguir o verdadeiro do falso é a evidência: se uma ideia aparece ao espírito com a marca da evidência, isto é, de forma clara e distinta, essa ideia é verdadeira.
⚠️ Nota importante: A evidência em Descartes não se refere a provas empíricas, mas à clareza e distinção com que uma ideia se apresenta à mente.