A abordagem histórica de Levinson
Para Levinson, o contexto determinante para definir arte não é o institucional, mas a própria história da arte - todo o conjunto diversificado de objetos que, ao longo do tempo, foram classificados como arte. Quando classificamos algo como arte hoje, fazemo-lo em relação a esse património artístico acumulado.
Esta relação com a arte anterior deve ser intencional. O criador deve ter a intenção de que a sua obra seja vista como arte, tal como aconteceu com as obras do passado. Esta definição histórico-intencional tenta superar as limitações da teoria institucional, reconhecendo a importância da continuidade histórica na nossa compreensão da arte.
No entanto, a teoria de Levinson não está isenta de críticas. Algumas formas de conceber arte no passado já não são consideradas válidas atualmente, o que complica a relação histórica. Além disso, nem todas as obras foram criadas com a intenção consciente de serem consideradas em relação à arte precedente.
📝 A evolução das teorias da arte mostra como é desafiante criar uma definição que abranja toda a diversidade artística. Talvez a própria indefinição seja parte da natureza da arte!
Outra objeção importante refere-se ao requisito da propriedade: muitas expressões artísticas contemporâneas, como o graffiti ou a arte efémera, não pressupõem que os artistas tenham direitos de propriedade sobre as suas obras, contrariando um dos pontos da teoria de Levinson.