Crenças Básicas e Não Básicas
O sistema do conhecimento, segundo o fundacionalismo, organiza-se em dois tipos fundamentais de crenças. As crenças não básicas não são autoevidentes e precisam ser justificadas por outras crenças. Já as crenças básicas são autoevidentes e justificam-se a si mesmas, servindo como fundamento para todo o edifício do conhecimento.
As crenças básicas são consideradas crenças fundacionais, sendo caracterizadas como infalíveis, irrefutáveis e indubitáveis. Estas crenças suportam todo o sistema do saber, funcionando como os alicerces sobre os quais se constroem todas as outras crenças.
Tanto o racionalismo quanto o empirismo são teorias fundacionalistas, embora discordem sobre a natureza das crenças básicas. O que os une é a convicção de que existem crenças fundacionais do conhecimento que são infalíveis.
Este sistema de justificação pode ser ilustrado como uma cadeia: a crença A é justificada pela crença B, que por sua vez é justificada pela crença C, e assim por diante, até chegarmos às crenças básicas que não precisam de justificação adicional. Se não houvesse crenças básicas, cairíamos numa regressão infinita da justificação, levando ao ceticismo radical.
Visualiza isto: Pensa no conhecimento como um edifício - as crenças básicas são os alicerces que sustentam toda a estrutura. Se estes alicerces não forem sólidos ou não existirem, todo o edifício desmorona.