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1.743

14 de dez. de 2025

14 páginas

Conhecimento e Filosofia: Entendendo a Epistemologia

M

Maria Antónia Dinis

@mariaantniadini

O conhecimento é a relação entre um sujeito que conhece... Mostrar mais

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Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

1. O que é o conhecimento?

O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

O problema da natureza do conhecimento

A questão "o que é o conhecimento?" é fundamental para a filosofia. O conhecimento apresenta-se em três formas principais: conhecimento por contacto (direto, pelos sentidos), conhecimento prático saberfazersaber-fazer e conhecimento proposicional (proposições verdadeiras sobre a realidade).

Segundo a definição tripartida, o conhecimento é uma crença verdadeira e justificada. Não basta acreditarmos em algo que por acaso é verdadeiro - precisamos de justificação.

As fontes de conhecimento dividem-se em duas principais:

  • Pensamento ou razão: produz juízos a priori (independentes da experiência), que são universais e necessários
  • Experiência sensível: produz juízos a posteriori, que são contingentes e não estritamente universais

💡 Pensa nisto: os juízos a priori são como regras matemáticas 2+2=4eˊsempreverdadeiro2+2=4 é sempre verdadeiro, enquanto os juízos a posteriori são como observações sobre o mundo (hoje está a chover) que podem variar.

Assim, temos dois modos de conhecimento: o conhecimento a priori (justificado pela razão) e o conhecimento a posteriori (justificado pela experiência). A forma como estes dois modos se relacionam é um dos grandes debates da filosofia.

Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

1. O que é o conhecimento?

O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

Juízos analíticos e sintéticos e o problema do conhecimento

Os juízos analíticos e sintéticos são fundamentais para compreendermos o conhecimento:

  • Os juízos analíticos não ampliam o nosso conhecimento, apenas esclarecem o que já sabíamos (exemplo: "Todos os solteiros não são casados")
  • Os juízos sintéticos ampliam o nosso conhecimento ao acrescentar informação nova (exemplo: "A neve é branca")

O problema da possibilidade do conhecimento questiona: será o conhecimento realmente possível? Será que o sujeito consegue apreender efetivamente o objeto? As principais respostas a este problema são:

  • O ceticismo: questiona a possibilidade de conhecimento
  • O fundacionalismo cartesiano: defende a possibilidade de conhecimento racional
  • O fundacionalismo de Hume: defende a perspectiva empirista

💡 Imagina o conhecimento como um edifício. Os fundacionalistas acreditam que existe um alicerce seguro, enquanto os céticos questionam se qualquer fundação é realmente confiável.

Outro problema central é a origem do conhecimento: será que o conhecimento provém fundamentalmente da experiência ou da razão? As principais respostas são o racionalismo de Descartes e o empirismo de David Hume.

Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

1. O que é o conhecimento?

O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

O ceticismo e suas objeções

O ceticismo é a corrente filosófica que questiona a possibilidade do conhecimento. Segundo esta perspectiva, o sujeito não consegue apreender o objeto de modo efetivo ou rigoroso. Existem diferentes tipos:

  • Ceticismo radical: questiona toda e qualquer forma de conhecimento
  • Ceticismo moderado: questiona apenas certos tipos de conhecimento
  • Ceticismo negativo: apenas refuta tentativas de demonstrar conhecimento
  • Ceticismo positivo: apresenta argumentos para mostrar que o conhecimento é impossível

O principal argumento cético é o da Regressão Infinita, que afirma que as nossas crenças se justificam com base noutras crenças, levando a três possibilidades problemáticas: ou paramos arbitrariamente numa crença injustificada, ou caímos num círculo vicioso, ou regredimos infinitamente.

💡 Um pouco de ceticismo é saudável! Questionar o que nos é apresentado como conhecimento ajuda-nos a buscar evidências mais sólidas e evitar acreditar em falsidades.

Existem importantes objeções ao ceticismo:

  • É autorrefutante: ao afirmar que o conhecimento é impossível, os céticos estão a fazer uma afirmação de conhecimento
  • Crítica de Russell: não é possível duvidar de todas as crenças simultaneamente
  • Crítica de Hume: o ceticismo é impraticável no dia a dia - precisamos de algumas certezas para agir
Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

1. O que é o conhecimento?

O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

Fundacionalismo, racionalismo e empirismo

O fundacionalismo rejeita o argumento cético da regressão infinita distinguindo dois tipos de crenças:

  • Crenças básicas: evidentes por si mesmas, não precisam de justificação por outras crenças
  • Crenças não-básicas: justificadas por outras crenças

Esta distinção permite que as crenças se justifiquem sem cair numa regressão infinita, pois a cadeia de justificação termina nas crenças básicas que servem como fundamento.

O racionalismo de Descartes defende que a razão é a fonte principal do conhecimento. Para os racionalistas:

  • O modelo ideal de conhecimento é a matemática
  • Os sentidos não são fonte credível de conhecimento seguro
  • As ideias fundamentais são inatas
  • O conhecimento constrói-se de forma dedutiva
  • É possível alcançar conhecimento universal e necessário

O empirismo de David Hume, por sua vez, defende que a experiência sensível é a fonte principal do conhecimento. Para os empiristas:

  • Todas as ideias derivam dos dados da experiência sensível
  • Não existem ideias inatas
  • O conhecimento tem limitações importantes

💡 Pensa no racionalismo e empirismo como duas abordagens complementares: o racionalista é como um arquiteto que projeta um edifício baseado em princípios matemáticos, enquanto o empirista é como um explorador que mapeia um território desconhecido através da observação.

Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

1. O que é o conhecimento?

O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

O fundacionalismo cartesiano

René Descartes desenvolveu um projeto ambicioso: construir um sistema de verdades indubitáveis. Seu objetivo era estabelecer um conhecimento seguro, encontrando pelo menos uma crença básica que pudesse servir de fundamento para todo o conhecimento.

As razões para este projeto eram claras: os conhecimentos da sua época misturavam verdades e falsidades sem uma base firme. Era necessário encontrar uma verdade indubitável que servisse como base sólida para reorganizar todo o sistema de conhecimentos.

Para isso, Descartes criou a dúvida metódica, um exame rigoroso das bases do conhecimento:

  • Consideraria falso tudo que não fosse absolutamente verdadeiro
  • Consideraria enganadora qualquer faculdade que alguma vez o tivesse enganado
  • Examinaria a confiabilidade dos sentidos, a existência da realidade e a razão como fonte de conhecimento

💡 A dúvida cartesiana não é um fim em si mesma, mas um método para alcançar a certeza. É como limpar completamente um terreno antes de construir um edifício sólido.

Esta dúvida tem características específicas:

  • Metódica e provisória: é um meio para atingir a certeza, não um fim
  • Hiperbólica: rejeita como falso tudo o que apresente a mínima incerteza
  • Universal e radical: incide sobre todo o conhecimento e seus fundamentos
Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

1. O que é o conhecimento?

O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

A aplicação da dúvida metódica

Descartes aplica a dúvida metódica em diferentes níveis para testar toda possível fonte de conhecimento:

  1. As ilusões dos sentidos: O primeiro nível questiona a confiabilidade dos sentidos. Como estes nos enganam por vezes (como quando um bastão parece quebrado na água), Descartes decide não confiar em nada que tenha origem nos sentidos.

  2. A indistinção entre vigília e sono: No segundo nível, Descartes observa que não temos um critério claro para distinguir quando estamos acordados ou a sonhar. Assim, há razões para duvidar da existência do mundo físico e até do nosso próprio corpo.

  3. Erros de raciocínio: Mesmo o raciocínio mais elementar pode conter erros, especialmente em tópicos complexos. Descartes rejeita então também as crenças baseadas no raciocínio.

  4. A hipótese do génio maligno: Finalmente, Descartes imagina um ser superior malévolo que coloca ideias erradas em nossa mente. Esta hipótese radical questiona até mesmo as verdades obtidas pela razão.

💡 A hipótese do génio maligno é o nível mais radical de dúvida. Imagina que toda a tua vida poderia ser uma ilusão criada por um ser poderoso que te engana continuamente!

Após este processo sistemático de dúvida, Descartes encontra algo que resiste a todas as dúvidas: o cogito ("penso, logo existo"). Mesmo que tudo seja falso, mesmo que um génio maligno me engane, é necessário que eu exista como ser pensante para poder ser enganado ou para duvidar.

Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

1. O que é o conhecimento?

O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

O cogito e a teoria das ideias

O cogito ("penso, logo existo") é o ponto arquimediano do conhecimento para Descartes, resistente a todas as dúvidas. Quando duvidamos, estamos a pensar, e para pensar, precisamos existir. Esta verdade é obtida por intuição, uma apreensão direta e imediata de noções simples.

As características do cogito são fundamentais:

  • É evidente e indubitável, uma certeza inabalável
  • Obtém-se de modo racional e a priori
  • Serve como modelo de conhecimento, fornecendo um critério de verdade
  • É uma crença básica para todo o sistema do saber
  • Revela a natureza do sujeito como substância pensante

O critério de verdade para Descartes baseia-se na clareza e distinção:

  • Clareza: presença nítida da ideia ao espírito
  • Distinção: separação de uma ideia relativamente a outras

💡 Pensa na clareza e distinção como uma fotografia perfeitamente focada (clara) e bem enquadrada (distinta) - sem elementos confusos ou estranhos.

Na sua teoria das ideias, Descartes distingue três tipos:

  • Adventícias: originadas na experiência sensível (como a ideia de calor)
  • Factícias: criadas pela imaginação (como a ideia de um unicórnio)
  • Inatas: constitutivas da própria razão, presentes desde o nascimento (como as ideias matemáticas)

A partir do cogito, Descartes deduz outras verdades importantes: a distinção entre alma e corpo, e a existência de Deus através do argumento da marca - a ideia de perfeição que temos só pode ter sido causada por um ser perfeito (Deus).

Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

1. O que é o conhecimento?

O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

A prova da existência de Deus e suas implicações

Descartes apresenta duas provas principais da existência de Deus: o argumento da marca e o argumento ontológico.

No argumento da marca, Descartes observa que temos a ideia de um ser perfeito, mas sendo nós imperfeitos (pois duvidamos), como poderíamos ter essa ideia? Pela lei da causalidade, uma causa deve ter pelo menos tanta realidade quanto seus efeitos. Logo, a ideia de perfeição só poderia vir de um ser realmente perfeito - Deus, que colocou essa ideia em nós como uma "marca" ou "assinatura".

O argumento ontológico define Deus como o ser mais perfeito possível. A existência seria um aspeto dessa perfeição, pois um ser perfeito que não existisse não seria realmente perfeito. Portanto, Deus existe necessariamente pela sua própria definição.

A existência de Deus é crucial para o sistema cartesiano por várias razões:

  • Sendo perfeito, Deus não é enganador (pois enganar seria uma imperfeição)
  • Isso garante que o que concebemos clara e distintamente é verdadeiro
  • Afasta a hipótese do génio maligno
  • Supera o solipsismo (a ideia de que só o eu existe)
  • Serve como fundamento metafísico das crenças verdadeiras

💡 Para Descartes, Deus funciona como um "certificado de garantia" do conhecimento humano. A veracidade divina assegura que não estamos fundamentalmente enganados sobre o mundo.

Na fase construtiva do seu fundacionalismo, Descartes recupera a confiança na razão e, parcialmente, nos sentidos. Mesmo reconhecendo que os sentidos podem errar, Deus nos deu a capacidade de corrigi-los através da razão.

Marta Leal

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O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

Objeções ao fundacionalismo cartesiano

Apesar da sua elegância, o sistema cartesiano enfrenta objeções significativas. O argumento da marca é questionado por várias razões:

Primeiro, pressupõe que temos a ideia de um Ser Perfeito, mas muitos argumentam que, como seres finitos, não podemos realmente compreender a perfeição divina. Como podemos ter uma ideia clara do infinito sendo nós finitos?

Segundo, Descartes assume que duvidar é menos perfeito do que saber, mas podemos questionar esta premissa. Não seria a capacidade de duvidar uma qualidade positiva que nos permite buscar a verdade?

Terceiro, o princípio causal que fundamenta o argumento (a causa deve ter pelo menos tanta realidade quanto o efeito) é contestável. A ciência moderna mostra, por exemplo, que a vida pode evoluir de matéria não-viva.

💡 Imagina tentar descrever completamente o oceano estando dentro de um pequeno barco - é assim que alguns críticos veem a tentativa humana de compreender a perfeição divina.

A objeção mais poderosa, porém, é o chamado círculo cartesiano. Descartes parece raciocinar em círculo: Deus existe porque concebemos clara e distintamente a sua existência, e podemos confiar nessa clareza e distinção porque Deus existe e não é enganador. Esta circularidade viciosa (petição de princípio) ameaça todo o edifício do conhecimento cartesiano.

Esta crítica levanta uma questão fundamental: como podemos estabelecer um fundamento seguro para o conhecimento se qualquer ponto de partida parece exigir justificação prévia?

Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

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O conhecimento é a relação entre um sujeito- aquele que co

Substâncias e conclusão do sistema cartesiano

No sistema cartesiano, Descartes identifica três tipos fundamentais de substâncias, cada uma com seus atributos essenciais:

  1. Substância pensante (res cogitans):

    • Tem como atributo essencial o pensamento
    • Corresponde à alma humana
    • É imaterial e indivisível
  2. Substância extensa (res extensa):

    • Tem como atributo essencial a extensão (ocupar espaço)
    • Corresponde ao corpo e aos objetos físicos
    • É material e divisível
    • Possui qualidades objetivas (forma, movimento) e qualidades subjetivas (cor, sabor)
  3. Substância divina (res divina):

    • Possui vários atributos, todos em perfeição infinita
    • É a substância mais perfeita e mais real

Esta distinção entre substâncias resulta num dualismo entre mente e corpo que influenciou profundamente o pensamento ocidental. Para Descartes, o ser humano é um composto destas duas substâncias fundamentalmente diferentes.

💡 O dualismo cartesiano ainda ecoa nas nossas conversas diárias quando falamos de "mente vs. corpo" ou "razão vs. emoção".

O sistema cartesiano representa uma tentativa ambiciosa de estabelecer um fundamento seguro para o conhecimento, começando com a dúvida radical e terminando com um sistema ordenado de verdades. Mesmo com as suas limitações e problemas, a abordagem metódica de Descartes estabeleceu um modelo de rigor filosófico que continua a influenciar o pensamento contemporâneo.

Marta Leal

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Luísa M

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Eu costumava passar horas no Google à procura de materiais escolares, mas agora só carrego as minhas coisas na Knowunity e vejo os resumos dos outros - sinto-me muito mais confiante quando me preparo para testes.

Paulo T

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Foi sempre complicado encontrar os materiais certos para os meus trabalhos. Agora faço upload das minhas anotações na Knowunity e vejo os melhores resumos dos outros - isto realmente ajudou-me a entender tudo mais rápido e melhora as minhas notas.

Sarah L

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Paulo T

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Filosofia

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Maria Antónia Dinis

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O conhecimento é a relação entre um sujeito que conhece e um objeto conhecido. Existem diferentes tipos de conhecimento e várias teorias sobre sua natureza, origem e possibilidade. Vamos explorar as principais questões filosóficas sobre o conhecimento e as respostas... Mostrar mais

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O problema da natureza do conhecimento

A questão "o que é o conhecimento?" é fundamental para a filosofia. O conhecimento apresenta-se em três formas principais: conhecimento por contacto (direto, pelos sentidos), conhecimento prático saberfazersaber-fazer e conhecimento proposicional (proposições verdadeiras sobre a realidade).

Segundo a definição tripartida, o conhecimento é uma crença verdadeira e justificada. Não basta acreditarmos em algo que por acaso é verdadeiro - precisamos de justificação.

As fontes de conhecimento dividem-se em duas principais:

  • Pensamento ou razão: produz juízos a priori (independentes da experiência), que são universais e necessários
  • Experiência sensível: produz juízos a posteriori, que são contingentes e não estritamente universais

💡 Pensa nisto: os juízos a priori são como regras matemáticas 2+2=4eˊsempreverdadeiro2+2=4 é sempre verdadeiro, enquanto os juízos a posteriori são como observações sobre o mundo (hoje está a chover) que podem variar.

Assim, temos dois modos de conhecimento: o conhecimento a priori (justificado pela razão) e o conhecimento a posteriori (justificado pela experiência). A forma como estes dois modos se relacionam é um dos grandes debates da filosofia.

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Juízos analíticos e sintéticos e o problema do conhecimento

Os juízos analíticos e sintéticos são fundamentais para compreendermos o conhecimento:

  • Os juízos analíticos não ampliam o nosso conhecimento, apenas esclarecem o que já sabíamos (exemplo: "Todos os solteiros não são casados")
  • Os juízos sintéticos ampliam o nosso conhecimento ao acrescentar informação nova (exemplo: "A neve é branca")

O problema da possibilidade do conhecimento questiona: será o conhecimento realmente possível? Será que o sujeito consegue apreender efetivamente o objeto? As principais respostas a este problema são:

  • O ceticismo: questiona a possibilidade de conhecimento
  • O fundacionalismo cartesiano: defende a possibilidade de conhecimento racional
  • O fundacionalismo de Hume: defende a perspectiva empirista

💡 Imagina o conhecimento como um edifício. Os fundacionalistas acreditam que existe um alicerce seguro, enquanto os céticos questionam se qualquer fundação é realmente confiável.

Outro problema central é a origem do conhecimento: será que o conhecimento provém fundamentalmente da experiência ou da razão? As principais respostas são o racionalismo de Descartes e o empirismo de David Hume.

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O ceticismo e suas objeções

O ceticismo é a corrente filosófica que questiona a possibilidade do conhecimento. Segundo esta perspectiva, o sujeito não consegue apreender o objeto de modo efetivo ou rigoroso. Existem diferentes tipos:

  • Ceticismo radical: questiona toda e qualquer forma de conhecimento
  • Ceticismo moderado: questiona apenas certos tipos de conhecimento
  • Ceticismo negativo: apenas refuta tentativas de demonstrar conhecimento
  • Ceticismo positivo: apresenta argumentos para mostrar que o conhecimento é impossível

O principal argumento cético é o da Regressão Infinita, que afirma que as nossas crenças se justificam com base noutras crenças, levando a três possibilidades problemáticas: ou paramos arbitrariamente numa crença injustificada, ou caímos num círculo vicioso, ou regredimos infinitamente.

💡 Um pouco de ceticismo é saudável! Questionar o que nos é apresentado como conhecimento ajuda-nos a buscar evidências mais sólidas e evitar acreditar em falsidades.

Existem importantes objeções ao ceticismo:

  • É autorrefutante: ao afirmar que o conhecimento é impossível, os céticos estão a fazer uma afirmação de conhecimento
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Fundacionalismo, racionalismo e empirismo

O fundacionalismo rejeita o argumento cético da regressão infinita distinguindo dois tipos de crenças:

  • Crenças básicas: evidentes por si mesmas, não precisam de justificação por outras crenças
  • Crenças não-básicas: justificadas por outras crenças

Esta distinção permite que as crenças se justifiquem sem cair numa regressão infinita, pois a cadeia de justificação termina nas crenças básicas que servem como fundamento.

O racionalismo de Descartes defende que a razão é a fonte principal do conhecimento. Para os racionalistas:

  • O modelo ideal de conhecimento é a matemática
  • Os sentidos não são fonte credível de conhecimento seguro
  • As ideias fundamentais são inatas
  • O conhecimento constrói-se de forma dedutiva
  • É possível alcançar conhecimento universal e necessário

O empirismo de David Hume, por sua vez, defende que a experiência sensível é a fonte principal do conhecimento. Para os empiristas:

  • Todas as ideias derivam dos dados da experiência sensível
  • Não existem ideias inatas
  • O conhecimento tem limitações importantes

💡 Pensa no racionalismo e empirismo como duas abordagens complementares: o racionalista é como um arquiteto que projeta um edifício baseado em princípios matemáticos, enquanto o empirista é como um explorador que mapeia um território desconhecido através da observação.

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O fundacionalismo cartesiano

René Descartes desenvolveu um projeto ambicioso: construir um sistema de verdades indubitáveis. Seu objetivo era estabelecer um conhecimento seguro, encontrando pelo menos uma crença básica que pudesse servir de fundamento para todo o conhecimento.

As razões para este projeto eram claras: os conhecimentos da sua época misturavam verdades e falsidades sem uma base firme. Era necessário encontrar uma verdade indubitável que servisse como base sólida para reorganizar todo o sistema de conhecimentos.

Para isso, Descartes criou a dúvida metódica, um exame rigoroso das bases do conhecimento:

  • Consideraria falso tudo que não fosse absolutamente verdadeiro
  • Consideraria enganadora qualquer faculdade que alguma vez o tivesse enganado
  • Examinaria a confiabilidade dos sentidos, a existência da realidade e a razão como fonte de conhecimento

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Esta dúvida tem características específicas:

  • Metódica e provisória: é um meio para atingir a certeza, não um fim
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A aplicação da dúvida metódica

Descartes aplica a dúvida metódica em diferentes níveis para testar toda possível fonte de conhecimento:

  1. As ilusões dos sentidos: O primeiro nível questiona a confiabilidade dos sentidos. Como estes nos enganam por vezes (como quando um bastão parece quebrado na água), Descartes decide não confiar em nada que tenha origem nos sentidos.

  2. A indistinção entre vigília e sono: No segundo nível, Descartes observa que não temos um critério claro para distinguir quando estamos acordados ou a sonhar. Assim, há razões para duvidar da existência do mundo físico e até do nosso próprio corpo.

  3. Erros de raciocínio: Mesmo o raciocínio mais elementar pode conter erros, especialmente em tópicos complexos. Descartes rejeita então também as crenças baseadas no raciocínio.

  4. A hipótese do génio maligno: Finalmente, Descartes imagina um ser superior malévolo que coloca ideias erradas em nossa mente. Esta hipótese radical questiona até mesmo as verdades obtidas pela razão.

💡 A hipótese do génio maligno é o nível mais radical de dúvida. Imagina que toda a tua vida poderia ser uma ilusão criada por um ser poderoso que te engana continuamente!

Após este processo sistemático de dúvida, Descartes encontra algo que resiste a todas as dúvidas: o cogito ("penso, logo existo"). Mesmo que tudo seja falso, mesmo que um génio maligno me engane, é necessário que eu exista como ser pensante para poder ser enganado ou para duvidar.

Marta Leal

# O problema da natureza do conhecimento

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O cogito e a teoria das ideias

O cogito ("penso, logo existo") é o ponto arquimediano do conhecimento para Descartes, resistente a todas as dúvidas. Quando duvidamos, estamos a pensar, e para pensar, precisamos existir. Esta verdade é obtida por intuição, uma apreensão direta e imediata de noções simples.

As características do cogito são fundamentais:

  • É evidente e indubitável, uma certeza inabalável
  • Obtém-se de modo racional e a priori
  • Serve como modelo de conhecimento, fornecendo um critério de verdade
  • É uma crença básica para todo o sistema do saber
  • Revela a natureza do sujeito como substância pensante

O critério de verdade para Descartes baseia-se na clareza e distinção:

  • Clareza: presença nítida da ideia ao espírito
  • Distinção: separação de uma ideia relativamente a outras

💡 Pensa na clareza e distinção como uma fotografia perfeitamente focada (clara) e bem enquadrada (distinta) - sem elementos confusos ou estranhos.

Na sua teoria das ideias, Descartes distingue três tipos:

  • Adventícias: originadas na experiência sensível (como a ideia de calor)
  • Factícias: criadas pela imaginação (como a ideia de um unicórnio)
  • Inatas: constitutivas da própria razão, presentes desde o nascimento (como as ideias matemáticas)

A partir do cogito, Descartes deduz outras verdades importantes: a distinção entre alma e corpo, e a existência de Deus através do argumento da marca - a ideia de perfeição que temos só pode ter sido causada por um ser perfeito (Deus).

Marta Leal

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A prova da existência de Deus e suas implicações

Descartes apresenta duas provas principais da existência de Deus: o argumento da marca e o argumento ontológico.

No argumento da marca, Descartes observa que temos a ideia de um ser perfeito, mas sendo nós imperfeitos (pois duvidamos), como poderíamos ter essa ideia? Pela lei da causalidade, uma causa deve ter pelo menos tanta realidade quanto seus efeitos. Logo, a ideia de perfeição só poderia vir de um ser realmente perfeito - Deus, que colocou essa ideia em nós como uma "marca" ou "assinatura".

O argumento ontológico define Deus como o ser mais perfeito possível. A existência seria um aspeto dessa perfeição, pois um ser perfeito que não existisse não seria realmente perfeito. Portanto, Deus existe necessariamente pela sua própria definição.

A existência de Deus é crucial para o sistema cartesiano por várias razões:

  • Sendo perfeito, Deus não é enganador (pois enganar seria uma imperfeição)
  • Isso garante que o que concebemos clara e distintamente é verdadeiro
  • Afasta a hipótese do génio maligno
  • Supera o solipsismo (a ideia de que só o eu existe)
  • Serve como fundamento metafísico das crenças verdadeiras

💡 Para Descartes, Deus funciona como um "certificado de garantia" do conhecimento humano. A veracidade divina assegura que não estamos fundamentalmente enganados sobre o mundo.

Na fase construtiva do seu fundacionalismo, Descartes recupera a confiança na razão e, parcialmente, nos sentidos. Mesmo reconhecendo que os sentidos podem errar, Deus nos deu a capacidade de corrigi-los através da razão.

Marta Leal

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Objeções ao fundacionalismo cartesiano

Apesar da sua elegância, o sistema cartesiano enfrenta objeções significativas. O argumento da marca é questionado por várias razões:

Primeiro, pressupõe que temos a ideia de um Ser Perfeito, mas muitos argumentam que, como seres finitos, não podemos realmente compreender a perfeição divina. Como podemos ter uma ideia clara do infinito sendo nós finitos?

Segundo, Descartes assume que duvidar é menos perfeito do que saber, mas podemos questionar esta premissa. Não seria a capacidade de duvidar uma qualidade positiva que nos permite buscar a verdade?

Terceiro, o princípio causal que fundamenta o argumento (a causa deve ter pelo menos tanta realidade quanto o efeito) é contestável. A ciência moderna mostra, por exemplo, que a vida pode evoluir de matéria não-viva.

💡 Imagina tentar descrever completamente o oceano estando dentro de um pequeno barco - é assim que alguns críticos veem a tentativa humana de compreender a perfeição divina.

A objeção mais poderosa, porém, é o chamado círculo cartesiano. Descartes parece raciocinar em círculo: Deus existe porque concebemos clara e distintamente a sua existência, e podemos confiar nessa clareza e distinção porque Deus existe e não é enganador. Esta circularidade viciosa (petição de princípio) ameaça todo o edifício do conhecimento cartesiano.

Esta crítica levanta uma questão fundamental: como podemos estabelecer um fundamento seguro para o conhecimento se qualquer ponto de partida parece exigir justificação prévia?

Marta Leal

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Substâncias e conclusão do sistema cartesiano

No sistema cartesiano, Descartes identifica três tipos fundamentais de substâncias, cada uma com seus atributos essenciais:

  1. Substância pensante (res cogitans):

    • Tem como atributo essencial o pensamento
    • Corresponde à alma humana
    • É imaterial e indivisível
  2. Substância extensa (res extensa):

    • Tem como atributo essencial a extensão (ocupar espaço)
    • Corresponde ao corpo e aos objetos físicos
    • É material e divisível
    • Possui qualidades objetivas (forma, movimento) e qualidades subjetivas (cor, sabor)
  3. Substância divina (res divina):

    • Possui vários atributos, todos em perfeição infinita
    • É a substância mais perfeita e mais real

Esta distinção entre substâncias resulta num dualismo entre mente e corpo que influenciou profundamente o pensamento ocidental. Para Descartes, o ser humano é um composto destas duas substâncias fundamentalmente diferentes.

💡 O dualismo cartesiano ainda ecoa nas nossas conversas diárias quando falamos de "mente vs. corpo" ou "razão vs. emoção".

O sistema cartesiano representa uma tentativa ambiciosa de estabelecer um fundamento seguro para o conhecimento, começando com a dúvida radical e terminando com um sistema ordenado de verdades. Mesmo com as suas limitações e problemas, a abordagem metódica de Descartes estabeleceu um modelo de rigor filosófico que continua a influenciar o pensamento contemporâneo.

Marta Leal

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