Oogénese: Formação dos Óvulos
A oogénese (produção de óvulos) segue um percurso muito diferente da espermatogénese. Este processo inicia-se antes do nascimento da mulher, durante o desenvolvimento embrionário, e retoma-se na puberdade com a produção de um oócito aproximadamente a cada 28 dias, até à menopausa.
Na fase de multiplicação, durante o desenvolvimento embrionário, as células germinativas primordiais iniciam uma fase de proliferação mitótica, aumentando o número de oogónias. A maioria destas células degenera, e apenas cerca de 450 completarão a sua evolução até à ovulação durante a vida reprodutiva da mulher.
Na fase de crescimento, ainda durante o desenvolvimento embrionário, as oogónias que não sofreram atrofia aumentam o seu volume, formando os oócitos de primeira ordem (oócitos I). Estes são rodeados por células, formando os folículos primordiais.
A fase de maturação inicia-se antes do nascimento, mas fica em repouso até à puberdade, sendo concluída apenas se ocorrer fecundação. Durante esta fase, após a meiose I, formam-se duas células haploides de dimensões distintas (citocinese assimétrica): o oócito II, que herda a maior parte do citoplasma, e o primeiro glóbulo polar. A meiose II só é completada se ocorrer fecundação, resultando no óvulo maduro e no segundo glóbulo polar.
🧬 Particularidade da oogénese: A divisão citoplasmática assimétrica durante a oogénese é fundamental, pois garante que o futuro óvulo retenha o máximo de nutrientes e organelos para sustentar o desenvolvimento inicial do embrião após a fecundação!