Datação Radiométrica e Biológica
Os isótopos instáveis, como o Carbono-14, desintegram-se espontaneamente ao longo do tempo, transformando-se em elementos mais estáveis. Chamamos ao isótopo inicial de isótopo-pai e ao resultante de isótopo-filho. Este processo de transformação é chamado decaimento radioativo.
A taxa de decaimento é constante para cada isótopo e não pode ser alterada por fatores externos, o que torna este método muito fiável. Quando uma rocha se forma, incorpora elementos radioativos que começam imediatamente a desintegrar-se, marcando o momento da sua formação.
O conceito-chave na datação radiométrica é o período de semi-vida: o tempo necessário para que metade da quantidade original do isótopo-pai se transforme em isótopo-filho. Medindo a proporção entre isótopos-pai e filho numa rocha, os geólogos podem calcular há quanto tempo ela se formou.
Além dos métodos radiométricos, existem técnicas biológicas como a dendrocronometria, que utiliza os anéis de crescimento das árvores. Cada anel representa um ano de crescimento, e as suas características (espessura, densidade) refletem as condições climáticas desse ano, permitindo-nos estudar o clima do passado.