Datação Absoluta e Idade da Terra
Enquanto a datação relativa nos diz "o que veio antes", a datação absoluta atribui valores numéricos precisos, geralmente em milhões de anos (M.a.). O método mais comum é a datação radiométrica, baseada na desintegração regular de isótopos radioativos.
Este método fundamenta-se no decaimento de um isótopo instável isoˊtopo−pai para um isótopo estável isoˊtopo−filho. Quando um mineral se forma, incorpora átomos do isótopo-pai na sua estrutura. A partir daí, começa a contagem do tempo!
A desintegração ocorre de forma espontânea e regular, independente das condições ambientais. O tempo de semivida é o período necessário para que metade dos isótopos-pai se desintegre, e é constante para cada par isótopo-pai/isótopo-filho.
💡 Pensa na datação radiométrica como um relógio interno das rochas! A quantidade de isótopos-filho é como os ponteiros que nos mostram quanto tempo passou desde a formação da rocha.
Após uma semivida, restam 50% do isótopo-pai. Após duas semividas, restam 25%, e assim por diante. É essencial escolher o isótopo mais adequado à rocha em estudo, considerando sua idade estimada e composição.
Este método é especialmente eficaz em rochas magmáticas, tem limitações em rochas metamórficas e sedimentares, e não é aplicável em rochas sem elementos radioativos.
Graças aos métodos radiométricos, Arthur Holmes estabeleceu inicialmente a idade da Terra em 3000 M.a., valor depois refinado para aproximadamente 4600 M.a. (4,54×10⁹ anos) - muito mais antiga do que se pensava anteriormente!